História da fivelas
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As fivelas, acessórios do vestuário e do calçado, constituem um importante testemunho da história do traje e por vezes das artes de ourives e joalheiros. As fivelas do passado são documentos que demonstram como, em todos os tempos, o útil e o agradável andaram associados à beleza.
A fivela tem uma origem controversa, pois para os franceses, o nome vem da parte abaulada do escudo. Já para os italianos, espanhóis e portugueses, a fivela é derivada da palavra “fubula”, o que significa, formal, espécie de broche que as pessoas usavam para prender os drapeados das clâmides, túnicas e mantos.
A difusão das fivelas na França se deu no período merovíngio. Na idade média os fabricantes de rosários, que trabalhavam em ferro, cobre, ouro e prata, tinham nos seus inventários fivelas para cintos e outras finalidades. No século XV as fivelas passaram a fazer parte dos enfeites de chapéus. Na época de Luís XIV, as fivelas aumentaram seu poder de adorno.
Fivelas de Sapatos: provavelmente originárias das pequenas fivelas retangulares das botas do período de Luís XIII, as fivelas de sapatos surgiram por volta de 1660, gerando concorrência direta com os atacadores. Pequenas e em forma retangular, as fivelas eram colocadas sobre uma presilha e prendiam, utilizando de uma mola, na lateral dos calçados. Com o passar do tempo, as variantes da moda passaram a colocar as fivelas no peito do pé do calçado.
Fivelas Unissex: por volta de 1670, as fivelas pequenas entraram na moda Unissex, tirando o lugar das fitas que prendiam os calções masculinos, laços e nós das ligas femininas. No início do reinado de Luís XV, quando a moda passou a ditar que o uso dos calções enrolados nas meias, as fivelas foram abandonadas e só foram retornar por volta de 1750, segurando os calções com presilhas.
Fivelas no vestuário: um elemento muito importante, tanto na moda masculina, quanto na feminina, o cinto, é uma das vestimentas mais antigas, pois sua existência é datada desde a Idade do Cobre.
Nas necrópoles itálicas da Idade do Bronze e da primeira metade da Idade do Ferro, são frequentes os cinturões de forma elíptica ou retangular com elementos grafitados e figuras esquemáticas.
Durante as civilizações grega e romana, os cintos foram uma moda muito popular, o seu papel ornamental deve-se às fivelas. Os cintos, quando eram dados às noivas pelos noivos, como presente de compromisso, eram de prata e seda, e as fivelas eram de esmalte com o retrato do futuro marido.